Por mais que o ensino superior em Mossoró apresente visível crescimento, apenas 12% dos jovens entre 18 a 24 anos estão matriculados em alguma instituição de nível superior.
O número deixa a cidade abaixo do percentual registrado em Natal, por exemplo, que é de 35% e muito mais abaixo do registrado no Sudeste Brasileiro, que possui índices de matrículas acima dos 40%.
"É um desafio para todos, devemos perseguir um percentual de 30%, que é meta prevista no Plano Nacional de Educação", explica Josivan Barbosa - reitor da Universidade Federal Rural Semiárido (UFERSA), cujo crescimento nos últimos anos fez com que a Universidade saltasse de apenas dois cursos de graduação até o final dos anos 90 para 34 cursos de nível superior em 2011.
Aliás, a Ufersa é exemplo do aumento do ensino superior na cidade e no Rio Grande do Norte. Em 2005, quando deixou de ser Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) e ganhou status de Universidade, a instituição abriu um novo mercado para professores e estudantes.
Já que atualmente possui além do Campus Central em Mossoró, outros dois campi avançados, localizados em regiões com baixíssima oferta de cursos de graduação, no caso as cidades de Caraúbas (funcionando desde 2010) e o campi de Angicos (funcionando desde 2009).
"No início, essa expansão não estava planejada. Entretanto, percebemos uma carência em regiões que, por exemplo, a iniciativa privada não chegaria. Assim pensamos em campi com autonomia financeira, com plano diretor e finalidade específica", explica Barbosa.
Atualmente, a Ufersa possui um corpo de 350 docentes, 250 servidores e 6 mil alunos. "É preciso avançar mais. Para se ter uma ideia, o índice de estudantes no ensino superior em cidades como Angicos, onde instalamos um campi, beira apenas os 4%, isso mostra o potencial existente para o ensino superior", diz o reitor.
Crescimento continua
Assim como a Ufersa, a Uern - maior instituição de ensino superior de Mossoró -acompanhou a expansão de cursos na cidade e as projeções apontam para uma qualificação nos cursos existentes nos próximos anos.
"Essa expansão da universidade é muito positiva para a instituição e principalmente para a cidade. Agora vamos investir na qualificação desses cursos através das pós-graduações, mestrados e doutorados", falou Milton Marques, reitor da Uern.
Ele destaca como positiva a iniciativa da universidade em adotar o sistema de cotas, pois democratiza o acesso ao ensino superior, embora reconheça que o déficit de universitários dar-se em parte pela falta de qualificação das escolas de médio e também pela limitação de oferta de vagas.
"A Uern acertou ao adotar as cotas, elas são necessárias, mas esse problema do déficit vem de uma sequência de fatores. Passa pela qualidade do ensino das escolas, mas principalmente pela limitação de vagas nos cursos. Nós ainda oferecemos poucas oportunidades", falou o reitor, acrescentando um dado importante: "De cada 8 estudantes que terminam o ensino médio no nosso estado, apenas 1 entra na universidade, então isso é preocupante e precisa ser revisto", destacou Milton Marques.
Na Uern, além da qualificação dos cursos existentes, a intenção é também investir na pesquisa e extensão - pilares para uma educação superior de qualidade.
"A Uern está destinando cerca de R$ 1 milhão do seu orçamento próprio para a pesquisa e essa área sempre receberá total apoio da universidade", concluiu Milton Marques.
"Essa expansão da universidade é muito positiva para a instituição e principalmente para a cidade. Agora vamos investir na qualificação desses cursos através das pós-graduações, mestrados e doutorados", falou Milton Marques, reitor da Uern.
Ele destaca como positiva a iniciativa da universidade em adotar o sistema de cotas, pois democratiza o acesso ao ensino superior, embora reconheça que o déficit de universitários dar-se em parte pela falta de qualificação das escolas de médio e também pela limitação de oferta de vagas.
"A Uern acertou ao adotar as cotas, elas são necessárias, mas esse problema do déficit vem de uma sequência de fatores. Passa pela qualidade do ensino das escolas, mas principalmente pela limitação de vagas nos cursos. Nós ainda oferecemos poucas oportunidades", falou o reitor, acrescentando um dado importante: "De cada 8 estudantes que terminam o ensino médio no nosso estado, apenas 1 entra na universidade, então isso é preocupante e precisa ser revisto", destacou Milton Marques.
Na Uern, além da qualificação dos cursos existentes, a intenção é também investir na pesquisa e extensão - pilares para uma educação superior de qualidade.
"A Uern está destinando cerca de R$ 1 milhão do seu orçamento próprio para a pesquisa e essa área sempre receberá total apoio da universidade", concluiu Milton Marques.
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