segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Boom da educação superior

Cursar uma universidade é o primeiro passo para a construção de uma carreira profissional e conquista de uma independência financeira.
O problema é que nem todos conseguem estudar em uma faculdade, apesar da expansão das políticas que facilitam o ingresso, principalmente da população de baixa renda e da expansão das instituições de ensino superior.
Só para se ter uma ideia desse cenário, o Brasil é hoje o maior mercado de ensino superior da América Latina e o quinto maior do mundo em números de alunos matriculados, segundo dados da Unesco, MEC, Inep de 2004.
E o setor mantém a curva alta no Brasil, com forte potencial de crescimento, especialmente se forem considerados os avanços obtidos nos últimos anos.
Números recém-divulgados pelo IBGE confirmam um aumento recorde, em 2010, de 3,5% da população ocupada e no nível de escolaridade da população como um todo, em especial a dos trabalhadores. O percentual de pessoas com 11 anos ou mais de estudo total da população de 10 anos ou mais de idade cresceu 1,5 percentual em 2009 (43,0%) e 2010 (44,5%).
Mossoró é um exemplo claro desse crescimento. Há cinco anos, por exemplo, o Município contava apenas com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e a antiga Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM).
Hoje, além da universidade estadual, a cidade conta com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), antiga Esam, e pelo menos mais cinco instituições de ensino superior privada, além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), órgão federal que oferece cursos técnicos nas mais diversas áreas.
Mossoró vive o boom da educação superior, principalmente devido à ampliação de cursos e dos programas de apoio à inclusão. Só a Uern conta com 12 mil alunos em 89 cursos de graduação.
A universidade, inclusive, formou esse mês a primeira turma do curso de Medicina, ampliando a demanda de médicos na cidade e abrindo vários espaços profissionais.
O mesmo aconteceu com a Universidade Potiguar (UnP), que não só ampliou o número de cursos, mas construiu um campi em Mossoró para cursos de graduação e pós-graduação. A UnP é hoje a instituição que mais absorve alunos através de programas que facilitam a inclusão como ProUni, Pró-Superior, Pro-Futuro, Enem, entre outros.
Apesar do número de matrículas crescer vigorosamente, ainda há déficit de universitários na cidade, repetindo o cenário nacional. Dados da Unesco de 2007 dão conta de que no país chegam à universidade apenas 25% dos 4,1 milhões de alunos que terminam o ensino médio. E mais: apenas 13,8% dos jovens entre 18 e 24 anos estão no ensino superior, níveis inferiores aos apresentados por países como Argentina, Colômbia, Bolívia e México.
Diante disso, o país enfrenta um dos seus maiores fantasmas: o apagão de talentos e a carência de mão-de-obra qualificada.
Por Jaime

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