Greve atinge administração indireta
A motivação comum às categorias que deflagraram o segundo movimento  grevista no Rio Grande do Norte em menos de seis meses, é a mesma. Os  servidores de oito categorias que iniciaram ontem a paralisação, afirmam  que o descumprimento do acordo firmado em julho e o não pagamento da  primeira parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do  funcionalismo público estadual, prevista para ser depositada junto com  os vencimentos de setembro, culminou com a decisão que atinge quase 15  frentes de trabalho do Estado. A tendência é de que mais funcionários  cruzem os braços ao longo da semana, caso o Governo não atenda às  reivindicações que estão sendo feitas.  
Os funcionários do Detran iniciaram greve ontem. Serviços estão sendo prestados por terceirizados 
Ontem  pela manhã, uma série de assembleias foi realizada. Servidores do  Idema, Idiarn, Emater e Detran se reuniram para discutir o próximo passo  da paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores  Públicos da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda, a greve  ficará cada vez mais forte a partir de hoje. "Ou a gente faz pra valer  ou não adianta. A ideia é não voltarmos ao trabalho até que o Governo  nos pague", dizia. Mesmo tendo sido iniciada ontem, de fato, o movimento  já é considerado maior do que a greve geral deflagrada pelo  funcionalismo estadual no primeiro semestre.
Apesar da quantidade de servidores que aderiram à greve, a reclamação  ecoava em uníssono. "Nós temos planos aprovados desde o governo passado.  Recebemos uma parcela e esperávamos as demais para o primeiro semestre  deste ano e não recebemos. Existem hoje funcionários no Instituto de  Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema) que não estão  enquadrados em nenhum plano", dizia o servidor Leonel Leite. Ele  afirmou, ainda, que o impacto da implantação dos Planos do Idema -  avaliados em R$ 130 mil mensais - é um dos que custará menos aos cofres  estaduais. 
Além disso, como argumento para o cumprimento do  acordo firmado em julho passado, os servidores do Instituto alegam que o  valor arrecadado pelo órgão nos primeiros nove meses deste ano em taxas  e licenciamentos, se aproxima dos R$ 50 milhões. "O Governo tem sim  dinheiro suficiente para implementar os planos", ressaltou Leonel Leite  que aderiu à greve junto com a maioria dos servidores do Idema. 
uma situação similar, estão os funcionários do Instituto de Defesa e  Inspeção Agropecuária (Idiarn). Eles também cobram o pagamento de duas  parcelas restantes do Plano implementado à época do governo Iberê  Ferreira de Souza. Além disso, pedem que a atual gestão pague diárias e  horas extras trabalhadas no campo. "A governadora Rosalba Ciarlini  mantém a mesma postura com os servidores de todas as categorias:  intransigência", relatava a médica veterinária servidora do Idiarn,  Débora Villar.Fonte/Tribuna do Norte - por Jaime
 
 
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