quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Natal

Greve atinge administração indireta

A motivação comum às categorias que deflagraram o segundo movimento grevista no Rio Grande do Norte em menos de seis meses, é a mesma. Os servidores de oito categorias que iniciaram ontem a paralisação, afirmam que o descumprimento do acordo firmado em julho e o não pagamento da primeira parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do funcionalismo público estadual, prevista para ser depositada junto com os vencimentos de setembro, culminou com a decisão que atinge quase 15 frentes de trabalho do Estado. A tendência é de que mais funcionários cruzem os braços ao longo da semana, caso o Governo não atenda às reivindicações que estão sendo feitas. 

 
Os funcionários do Detran iniciaram greve ontem. Serviços estão sendo prestados por terceirizados 

Ontem pela manhã, uma série de assembleias foi realizada. Servidores do Idema, Idiarn, Emater e Detran se reuniram para discutir o próximo passo da paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda, a greve ficará cada vez mais forte a partir de hoje. "Ou a gente faz pra valer ou não adianta. A ideia é não voltarmos ao trabalho até que o Governo nos pague", dizia. Mesmo tendo sido iniciada ontem, de fato, o movimento já é considerado maior do que a greve geral deflagrada pelo funcionalismo estadual no primeiro semestre.

Apesar da quantidade de servidores que aderiram à greve, a reclamação ecoava em uníssono. "Nós temos planos aprovados desde o governo passado. Recebemos uma parcela e esperávamos as demais para o primeiro semestre deste ano e não recebemos. Existem hoje funcionários no Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema) que não estão enquadrados em nenhum plano", dizia o servidor Leonel Leite. Ele afirmou, ainda, que o impacto da implantação dos Planos do Idema - avaliados em R$ 130 mil mensais - é um dos que custará menos aos cofres estaduais.

Além disso, como argumento para o cumprimento do acordo firmado em julho passado, os servidores do Instituto alegam que o valor arrecadado pelo órgão nos primeiros nove meses deste ano em taxas e licenciamentos, se aproxima dos R$ 50 milhões. "O Governo tem sim dinheiro suficiente para implementar os planos", ressaltou Leonel Leite que aderiu à greve junto com a maioria dos servidores do Idema.

uma situação similar, estão os funcionários do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn). Eles também cobram o pagamento de duas parcelas restantes do Plano implementado à época do governo Iberê Ferreira de Souza. Além disso, pedem que a atual gestão pague diárias e horas extras trabalhadas no campo. "A governadora Rosalba Ciarlini mantém a mesma postura com os servidores de todas as categorias: intransigência", relatava a médica veterinária servidora do Idiarn, Débora Villar.Fonte/Tribuna do Norte - por Jaime
 

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