Criança com síndrome rara no RN realiza sonho de viajar de avião
Nathan Feitosa viajou de Natal para Fortaleza na manhã desta sexta (14).
Nathan Feitosa viajou de Natal para Fortaleza na manhã desta sexta (14).
Ele é portador de Progéria, chamada de doença do envelhecimento rápido.
Nathan, 8 anos, acompanhado dos irmãos e da mãe embarcou para Fortaleza na manhã desta sexta (14) (Foto: Ricardo Araújo/G1)
O sonho de Nathan ganhou asas e cruzou os céus entre Natal e Fortaleza
na manhã desta sexta-feira (14). Viajar de avião é um dos três grande
desejos do menino. Ele tem oito anos e é portador de uma síndrome rara,
chamada progéria - que tem como principal característica a aceleração do
envelhecimento. Ao lado da mãe e dos irmãos, Nathan foi pra capital
cearense passar as férias.
Veja o vídeo ao lado e conheça a história de Nathan
Dos três sonhos de Nathan, dois já foram realizados. Ele queria andar de avião, aparecer na televisão e ver a neve. "A neve nós veremos em julho, na Argentina", prometeu o pai, o delegado de polícia Normando Feitosa, que seguiu para o Ceará ainda na quinta-feira (13). Em Fortaleza, ele aguardava ansioso pela chegada da família. "Estou muito feliz. Só com um pouquinho de medo", repetia Nathan com entusiasmo.
Dos três sonhos de Nathan, dois já foram realizados. Ele queria andar de avião, aparecer na televisão e ver a neve. "A neve nós veremos em julho, na Argentina", prometeu o pai, o delegado de polícia Normando Feitosa, que seguiu para o Ceará ainda na quinta-feira (13). Em Fortaleza, ele aguardava ansioso pela chegada da família. "Estou muito feliz. Só com um pouquinho de medo", repetia Nathan com entusiasmo.
Ainda em casa, os preparativos para a viagem contaram com o apoio dos
irmãos do menino, sempre coordenados pela mãe, Joseane. Do apartamento
da família, em Nova Parnamirim, para o Aeroporto Augusto Severo, na
Grande Natal, o clima era de festa por parte das crianças e tensão, por
parte da mãe Joseane Feitosa. "Estou com medo de não conseguirmos chegar
na hora", dizia olhando para o relógio.
No balcão de check-in da companhia aérea, a surpresa. O embarque havia
sido encerrado havia menos de cinco minutos. O jeito foi recorrer à
Superintendência do Aeroporto que só conseguiu autorização para embarcar
a família porque nenhum deles portava malas.
Família não escondeu a felicidade pela realização
do sonho de Nathan (Foto: Ricardo Araújo/G1)
"Que alívio! Vamos realizar nosso sonho", dizia Normando Filho. Já
Nathan, corria pelos saguões do aeroporto como se estivesse num parque
de diversões. "Ufa! Ainda bem que deu certo. Obrigado a quem nos
ajudou", dizia o menino.
Passada a tensão, Joseane Feitosa destacou a felicidade em poder
realizar mais um sonho do filho. "Agora é planejar a viagem pra ele ver a
neve. É muito gratificante, por mais simples que seja, realizar o sonho
de um filho. É emocionante", destacou.
Sem cura
As características físicas dos portadores da progéria são similares às
de uma pessoa idosa. O desenvolvimento ósseo é afetado, impossibilitando
o crescimento, e surgem doenças comuns aos idosos, como cardiopatia,
problemas dentários, visuais e de pele. Nathan, por exemplo, pesa 13
quilos e tem aproximadamente um metro de altura. Nathielly, a irmã
caçula, é um ano mais nova que Nathan, pesa 21 quilos e é mais alta.
A ciência ainda não conseguiu descobrir a cura da progéria. Os
portadores da síndrome, segundo dados dos órgãos de pesquisa, têm uma
perspectiva de vida, em média, de 15 anos. Alguns, porém, podem viver
até 20 anos.
“Atualmente estão sendo feitos ensaios clínicos de tratamento. Ou seja,
fases de pesquisas, de administração de medicamentos para o tratamento
da progéria. Mas, ainda não existe um tratamento específico e os
cuidados com estes pacientes são gerais e multidisciplinares, de acordo
com cada sistema afetado”, destacou a geneticista.
por Jaime
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