sexta-feira, 15 de julho de 2011

Professores do RN decidem continuar com a paralisação Apesar do decreto de ilegalidade expedido pelo TJ, greve permanece e agora conta com o apoio de estudantes


Educadores de todo o estado estão fora das salas de aula desde 2 de maio com o objetivo de trazer melhorias à educação.


Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem pela continuidade da greve, apesar de o Tribunal de Justiça ter decretado a ilegalidade do movimento. A decisão foi tomada ontem, por unanimidade, durante a assembleia da categoria que lotou as dependências do auditório da Escola Estadual Winston Churchill. A assessoria jurídica do sindicato entrará com uma ação contra a liminar que determina o início das aulas.

Em contrapartida, o governo do estado, através do chefe do gabinete civil, Paulo de Tarso Fernandes, anunciou que vai fazer cumprir a decisão da Justiça e pretende proceder com o corte de ponto para quem não frequentar a sala de aula. Desde o dia 2 de maio, quando a paralisação começou, mais de 300 mil alunos estão sendo prejudicados.

Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Sinte/RN, Fátima Cardoso, a decisão não é nenhum confronto com a Justiça, mas apenas uma resposta ao Estado que trabalha com dois pesos e duas medidas. "Nossa categoria está sendo preterida pelo governo do estado, que negocia com as demais e não acena com nada para a educação. Mas, apesar disso, continuamos também na busca pela negociação", disse.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte declarou, por unanimidade, a ilegalidade da greve dos professores do Estado. Na decisão, foi determinado o retorno imediato dos profissionais às salas de aula sob a pena de multa diária de R$ 10 mil. Entretanto, o sindicato vai entrar com uma ação contra a liminar que determina a volta às atividades.

A secretária de Educação Betânia Ramalho, em nota na imprensa, disse que exigirá o cumprimento dos 200 dias letivos e apela aos professores para voltar às salas de aula para não haver mais prejuízos aos alunos. Ela também convoca pais e conselhos escolares a ficarem atentos e cobrarem dos professores não apenas a volta a escola, como também o cumprimento do calendário escolar.

Alunos apoiam

Em apoio aos professores em greve, os alunos da Escola Estadual Floriano Cavalcanti (Floca) optaram por se retirar das salas de aula, ontem, para se juntar ao movimento 'Levante do Elefante', que encontra-se acampado em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, desde segunda-feira desta semana, e que reivindica atenção do governo para diversos setores da sociedade. Os estudantes do Floca, especificamente, querem melhorias na educação do Rio Grande do Norte e dizem que permanecerão "em greve" até, pelo menos, segunda-feira, 18. Nesta sexta-feira, alunos de mais duas escolas também podem aderir ao movimento: Atheneu Norte-Riograndense e Anísio Teixeira. A decisão será tomada em assembleias nas duas instituições. Os horários não foram divulgados.
Fonte/Diário de Natal


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