Carlos Eduardo aumenta
impostos para profissionais liberais e quer taxar igrejas
Matéria causa empurra-empurra na Câmara e bancada aliada
suspende votação de reforma para amanhã
Por essa, ninguém esperava. As vésperas das
festas de final de ano, quando a população já estava mais preocupada com a ceia
de natal e com as dívidas e impostos que terá que pagar em 2015, o prefeito
Carlos Eduardo Alves (PDT) decidiu convocar a Câmara Municipal de Natal (já em
recesso de final de ano após a longa votação da Lei Orçamentária Anual) para a
votação de uma reforma tributária que pretende aumentar os impostos pagos por
profissionais liberais e taxar igrejas católicas e evangélicas, que são isentas
em todo o Brasil. Por outro lado, pretende também anistiar até 80% das dívidas
que grandes empresários têm com o Município.
E, além do polêmico teor da matéria, a proposta de
reforma tributária causou total insatisfação da oposição pelo fato de não ter
sido divulgada antes. Foi, literalmente, uma surpresa para parlamentares (e,
claro, para a população), o envio da matéria agora, em pleno recesso de final
de ano para a Câmara.
Consequentemente, a oposição ainda tentou barrar a
votação, tentado suspender a convocação, mas não conseguiu. Por 17 votos a
oito, os governistas mantiveram a sessão extraordinária, mas tiveram que ceder
no aspecto de discussão e participação popular. Afinal, foram tantas as
críticas e discussões (e empurra-empurra entre vereadores), que o líder do
prefeito, Júlio Protásio (PSB), prometeu realizar uma reunião interna, entre
oposição e aliados do governo, para definir como será a votação da matéria.
IRREGULARIDADE
Contrários a convocação do prefeito, a oposição tentou se
“pegar” uma lei de autoria da vereadora Júlia Arruda (PSB), que é da bancada do
prefeito, e que determina que, antes da aprovação de qualquer reajuste de taxa
ou imposto, seja necessária uma audiência pública. “Esse foi um grande projeto
de Júlia Arruda, porque amplia a participação popular, e que agora está sendo
desrespeitado”, criticou a vereadora Amanda Gurgel, do PSTU.
“O que está havendo aqui é um chamado a razoabilidade.
Estamos, em primeiro lugar, que seja ouvida a população, os profissionais
liberais, aqueles que vão ser atingidos, para saber se eles estão de acordo com
isso aqui”, pediu Amanda Gurgel, sendo acompanhada por outros vereadores de
oposição, como Sandro Pimentel (PSOL), Marcos Antônio (PSOL) e Fernando Lucena
(PT),
Fonte Jornal de Hoje - por Jaime

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