Em 20 Estados e no Distrito Federal, a nota média das escolas públicas
no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 ficou abaixo da média
nacional: 494,64 pontos. Apenas as redes públicas dos Estados de Minas
Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo foram "aprovadas" pelo exame.
Os Estados com as piores médias da rede pública na prova objetiva,
foram o Acre (448,55 pontos), o Amazonas (450,72) e o Ceará (453,32). As
melhores notas médias são as do ensino público no Rio de Janeiro
(530,87), em Minas Gerais (506,74) e em Santa Catarina (504,86).
A maior nota entre as escolas do país é a do Objetivo Colégio Integrado, de São Paulo, que obteve média objetiva de 737,15. A escola pública com a melhor nota geral é o Colégio de Aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa), em Minas Gerais, com nota 704,285.
Além da desigualdade no desempenho dos alunos de diferentes partes do
país, o que se percebe quando os dados são analisados por local e por
rede é que mesmo nos Estados "acima da média", a nota dos alunos do
ensino público é mais baixa do que a avaliação média dos estudantes de
escolas privadas de todo o país: 569,2 pontos.
A diferença entre a qualidade do ensino público e a do ensino privado é
mais evidente, segundo os dados do MEC (Ministério da Educação), no
Ceará e no Espírito Santo. A rede cearense de escolas particulares fez
110,98 pontos a mais que a rede pública. No Espírito Santo, a diferença
chega a 108,20 pontos.
É importante frisar que neste ano, o MEC divulgou apenas as médias das
escolas em que pelo menos 50% dos alunos do 3° ano do ensino médio e o
mínimo de dez estudantes realizaram o Enem 2011. Sendo assim, 59,44% das
escolas de todo o país não tiveram seu desempenho contado na análise
dos dados por Estado. Em São Paulo, 60% dos colégios não aparecem no ranking.
Assim, a situação pode ser ainda pior nas 14.766 escolas que ficaram de
fora, pois a tendência é que estudantes "mais preparados” façam a
prova, mesmo que, como mostra o resultado, não estejam exatamente bem
qualificados.
Alunos que não têm pretensão de entrar no ensino superior nem de usar o
exame para conseguir seu comprovante de conclusão do ensino médio, em
geral, não fazem o Enem.
Diferenças na rede pública
Quando consideradas separadamente as redes do ensino público, que
inclui escolas municipais, estaduais e federais, as municipais são as
que apresentam as notas médias mais baixas. A pior média é a das escolas
do Piauí, que obtiveram apenas 436,02 pontos -- 58,62 a menos que a
média nacional de todos os estudantes.
As federais são as escolas com melhores notas médias. Os Estados com
médias mais altas entre as escolas federais são o Mato Grosso do Sul
(637,43), o Paraná (629,41) e o Espírito Santo (617,88). Essas notas
estão acima das obtidas por alunos da rede privada, cuja média no país
foi de 569,2 pontos.
Na rede estadual, principal responsável pelo ensino médio, 92% das escolas tiveram resultados abaixo da média nacional.
Os dados apontam que as rede estaduais de 22 unidades federativas
ficaram abaixo da média. Os piores colocados são as estaduais do
Amazonas (447,65), do Acre (448,48) e do Ceará (450,09). Entre as
melhores estaduais estão as redes do Rio de Janeiro, com 508,6 pontos, e
a de São Paulo, que teve média de 503,63.
Fonte/Uol - por Jaime
Nenhum comentário:
Postar um comentário