terça-feira, 24 de abril de 2012

Médicos do RN cruzam os braços por 24h e decidem greve amanhã
Os médicos do Rio Grande do Norte aderem à paralisação nacional de amanhã e cruzam os braços por 24 horas. No mesmo dia, a categoria se reúne para decidir sobre o indicativo de greve que será votado numa assembleia a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Médicos do RN (SINMED). Antes disso, haverá um ato público às 8h na Praça Sete de Setembro, em Natal e, em seguida, às 9h, audiência na Assembleia Legislativa.
Os médicos querem um piso salarial de R$ 19 mil, a criação de uma gratificação para os plantonistas no valor de R$ 3 mil, e melhores condições de trabalho e atendimento digno aos pacientes. Atualmente, o salário de um médico que cumpre 40 horas de trabalho no Estado varia entre R$ 4,8 mil e R$ 9,8 mil.
Em sinal de advertência, os médicos ligados aos planos de saúde vão reiterar a necessidade de reajuste de honorários de consultas e procedimentos, com recuperação das perdas financeiras dos últimos anos. Também quere a definição, pela Agência Nacional de Saúde (ANS), de nova forma de contratualização, dentre outros pontos.
Os profissionais da saúde exigem que tudo isso seja negociado com inserção de critérios de reajuste, com índice definido e periodicidade máxima de 12 meses, e com previsão de negociação coletiva, além da inclusão de critérios de credenciamento, descredenciamento, glosas e outras situações que configuram interferência na autonomia do médico. Também querem a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como referência para o processo de hierarquização.

O que para?
No dia nacional de luta pela valorização dos médicos, além da paralisação dos atendimentos nas unidades de saúde do estado e do município de Natal, também serão paralisados os atendimentos dos planos de saúde. Durante 24h, devem ser paralisadas todas as atividades eletivas, como consultas, exames e cirurgias, além de se reduzir em 30% os atendimentos de urgência de toda a rede de saúde do estado.


Fonte/Jornal de Fato - por Jaime

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