Mensagem do Padre Francisco, Administrador Paroquial aos caraubenses devotos de São Sebastião.
Prezados irmãos caraubenses: somos chamados à missão.
É a hora da graça do Senhor para nossa igreja de Caraúbas que se empenha em viver e testemunhar a “boa notícia”.
Cada batizado é chamado a responder ao mandato de Jesus: “Ide por todo mundo... estarei convosco todos os dias”.
A missão renova a Igreja, reforça a fé e a identidade cristã;
Dá-nos
entusiasmos e fortes motivações. O evangelho na vida das pessoas
torna-se caminho de vida e esperança e aponta Jesus Cristo que se
encarna e vive no meio dos pobres, ao lado dos excluídos, falando a
linguagem dos pequenos.
A
espiritualidade missionária será assim ceiva que alimenta, sustenta e
motiva interiormente a ação evangelizadora, dando perseverança no
anúncio, esperança nas adversidades.
Fixando
o olhar em Cristo, supremo Pastor e Missionário, havemos de segui-lo,
caminhando com Ele, comungando com seus sentimentos e imitando suas
virtudes.
Este
ano o nosso festejo do Glorioso São Sebastião se propõe a refletir
sobre a missão. Com o tema: São Sebastião nos convida a assumir nossa
missão.
O
documento de Aparecida diz: “A Igreja é chamada a repensar
profundamente e a relançar em fidelidade e audácia sua missão nas novas
circunstancias que vivemos.” É mais do que urgente, revitalizar nosso
modo de ser católico e nossas opções pelo Senhor.
O
documento continua: “Como discípulos de Jesus Cristo, sentimo-nos
desafiados a discernir os sinais dos tempos, a luz do Espírito Santo,
para nos colocar a serviço do Reino, anunciado por Jesus, que veio para
que todos tenham vida em plenitude”.
Nestes
últimos anos a igreja tem falado muito sobre a missão, que é a sua
razão de ser. Praticamente em todas as Dioceses e Paróquias o assunto é o
mesmo: Missão. Mas, será que apesar de tanta badalação, na vida e
prática dos cristãos essa proposta pegou? Somos uma Igreja missionária
como devemos? Sinto que apesar de todo esforço ainda não está claro para
nossa gente o que seja missão. Parece que a Igreja fala uma coisa e
nosso povo entende outra. Vejo que missão mesmo para nossa gente ainda
está muito a desejar. O nosso festejo quer contribuir para um
esclarecimento mais evidente, para um assumir consciente. Terminado o
festejo se não houver uma mudança, uma transformação na vida de nossa
gente e de nossas comunidades, então, será a prova cabal de que não
estaremos entendendo com clareza o que é missão e que missão assumir.
O que é mesmo missão?
Com o objetivo de sanar as dúvidas procure esclarecer, tenho necessidade de que cada um entenda o sentido do termo.
Afirma
o Decreto Ad gentes que a missão é a expressão do designo salvífico de
Deus. É a manifestação pública da história da salvação.
A
Teologia sempre ensinou que a missão teve início no mandato de Cristo:
“Ide, anunciai o evangelho a toda criatura”. O decreto vai além: coloca a
origem da missão na própria trindade. A missão da Igreja nasceu da
missão do Filho e do Espírito, enviado pelo Pai ao mundo.
A
missão começou no domingo de Páscoa, quando Maria Madalena e a outra
Maria foram ao túmulo e o encontraram vazio. Logo, veio o anúncio
querigmático que está, na origem da nossa fé, na origem do cristianismo,
dos evangelhos e de todo novo testamento: “Ele ressuscitou”. A seguir,
vem à missão: “Ide anunciar aos seus discípulos” (Mc 16, 17). Em
Pentecostes, iniciou-se a missão que continua até hoje.
A missão é realizada em obediência ao mandato de Cristo e envolvida pela caridade e graça do Espírito Santo.
Vão
e anunciem: o Reino de Deus está próximo. Parte-se em missão por causa
das exigências do Reino: a prática da justiça, do amor e da
misericórdia. Encarnando a sensibilidade de Jesus seremos levados a
sentir as dores de seu povo. É na compaixão de Jesus, o Bom Pastor, que
está a raiz da missão de discípulos e discípulas.
Dom
Elder Câmara dizia que: “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair
de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha ao nosso eu. É parar de
dar volta ao redor de nós mesmo como se fossemos o centro do mundo e da
vida. É não se deixar bloquear pelos problemas do pequeno mundo a que
pertencemos, a humanidade é maior. Missão é sempre partir, mas não
demorar quilômetros, é abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e
encontra-los. E se para encontra-los e ama-los é preciso atravessar os
mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do
mundo”.
Assim irmãos caraubenses, devotos e admiradores desse grande mártir São
Sebastião, desejo em breve ao iniciarmos os festejos encontrar com
todos vocês para convida-los a escutar o chamado da igreja, juntos
responderemos com firmeza a proposta do festejo que é sem dúvida,
transformar nossa paróquia, numa rede de comunidades em permanente
missão. Essa é a nossa proposta, é aonde gostaríamos de chegar, se vamos
alcançar é bom dizer que não depende só da minha boa vontade.
Esperançoso, conto com todos vocês. Venham com disposição e boa vontade
para acolher nossa proposta. Até lá, fiquem com minha benção sacerdotal:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Padre Francisco das Chagas Neto
Administrador Paroquial
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