O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), ocupou simultaneamente, por
quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos
distintos, a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal do
Rio de Janeiro, informa reportagem de Fernando Mello e Andreza Matais, publicada na Folha desta quinta-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Reporagem da Folha do último sábado (26) mostrou que de 2000 a
2005 Lupi era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos
Deputados em Brasília.
Ao mesmo tempo, o ministro do Trabalho também ocupava o cargo de
assessor de um vereador do seu partido na Câmara de vereadores do Rio, a
quase 1.200 km da capital.
A Constituição proíbe a "acumulação remunerada de cargos públicos" e
pode levar a ações judiciais por improbidade administrativa e peculato,
com cobrança da devolução dos recursos recebidos de maneira irregular.
Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência recomendou à
presidente Dilma Rousseff a exoneração de Lupi do cargo de ministro do
Trabalho.
Lupi foi envolvido nos últimos dias em uma série de irregularidades em
convênios de sua pasta com entidades ligadas a seu partido.
OUTRO LADO
Lupi afirmou que "caso seja comprovada alguma irregularidade, será
devolvido ao órgão valores recebidos que não estejam dentro da
legislação".
Segundo a assessoria de imprensa, "está sendo encaminhada à Câmara
Municipal [do Rio] uma consulta formal onde será analisada essa situação
funcional".
| Editoria de Arte/Folhapress | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fonte/G1 - por Jaime |

Fonte/G1 - por Jaime
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