domingo, 6 de novembro de 2011

Pré-candidato em SP e responsável pelo Enem, Haddad vira alvo da oposição

Com o apoio da presidente Dilma Rousseff e do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação, Fernando Haddad, é o pré-candidato favorito no PT à sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). Mas as dificuldades na aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e suspeitas sobre a contratação de uma empresa de tecnologia da informação colocaram o petista na mira da oposição na próxima semana.
Se não responder a um convite feito pelos oposicionistas, Haddad corre risco de ser convocado a depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. O líder do PSDB na Casa, Duarte Nogueira (SP), disse ao UOL Notícias que um pedido de convocação será votado na próxima quarta-feira (9) caso o ministro não responda mais uma vez ao convite. "Não se trata de arena política. O que precisamos é cobrá-lo por seu trabalho atual", disse o tucano.
Nos bastidores, outros deputados acreditam que Haddad acabará convocado a falar na Câmara se não comparecer espontaneamente. "A base governista é muito difusa e em São Paulo há interesse do PMDB e do PSD, que já está se aproximando do governo", disse um deles. "Ou o ministro escolhe como vai se expor aos deputados ou os deputados vão escolher por ele. Uns podem alegar interesse em discutir o Enem, outros podem se fazer de bobos e deixarem a oposição convocá-lo."
Futuros rivais
Na eleição paulistana, o PSDB pode ter com o candidato o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, neto do ex-governador Mario Covas, morto em 2001. Haddad também pode ter como rival o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) e o vice-governador Guilherme Afif (PSD). Para ser ungido pelos petistas, ainda enfrenta a concorrência dos deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e do senador Eduardo Suplicy. 
Os três rivais internos do ministro da Educação têm ligações próximas com a ex-prefeita e atual senadora Marta Suplicy, que desistiu da candidatura a pedido de Dilma e Lula, mas não anunciou apoio a Haddad até o momento. Marta era líder nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura, enquanto o provável candidato petista não superava os 3% das intenções de voto. 
Além dos problemas no Enem, os oposicionistas querem perguntar sobre um suspeito contrato fechado entre o ministério e a Jeta Soluções em Serviços em Tecnologia. Uma reportagem do "Correio Braziliense" indicou que as partes fecharam um acerto de R$ 6,4 milhões por uma prestação de serviços que custou três vezes menos no ano passado.
"Queremos nos estender sobre esse assunto. Há dois meses trocamos uma convocação por um convite, com a condição de que o ministro viesse falar. Agora queremos tratar disso", afirmou Nogueira. A oposição tem minoria na comissão de Fiscalização e Controle. O líder do PT, Paulo Teixeira, aliado de Haddad, já sinalizou que mobilizará os governistas para barrar uma eventual convocação. "Não há nenhum motivo consistente para o ministro se apresentar à comissão", disse.
Fonte,/Uol.com - por Jaime

Nenhum comentário:

Postar um comentário